Reflexão sobre o último aniversário
Dormi com 26 e acordei com 27. Por um lado, foi só mais uma noite e agora é só mais um dia, mas eles chegam carregados de significados, valores, rituais e reflexões. Aceito algumas narrativas e símbolos para me distrair enquanto meu corpo apodrece continuamente. Contudo, as células que sobreviveram até hoje foram inundadas de felicidade e carinho. Há personagens em nossa história que suavizam o peso dessa ilusão linguística que é a consciência de existir. Já não busco sentido para a vida, porque tanto a possibilidade de não haver nenhum quanto a certeza de que sou incapaz de compreender se algum houver não me atormentam. Frágil, limitado, insignificante e ignorante, abraço o absurdo e dou o único sorriso verdadeiro. Minha missão não é mais mudar o mundo, mas revolucionar a mim mesmo para que ele seja menos desagradável. Esta é uma reflexão descabida de um sapiens qualquer sobre a celebração de uma convenção temporal. Talvez algo dito aqui seja importante, porém é mais provável que não.
(Texto escrito e postado no dia 18 de maio de 2020 no Instagram)
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